sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O que devemos saber sobre: Ansiedade Gestacional.

Olá caros leitores. Essa postagem traz algumas informações sobre ansiedade gestacional, foi tema de pesquisa trabalhado durante dois anos na minha graduação e desde então são informações muito válidas em minha atuação profissional. Espero que gostem. Boa leitura!!!


Para a maioria das mulheres a gravidez é um momento de transição e muitas modificações em suas vidas, com mudanças corporais, emocionais, comportamentais e sociais. Por este motivo pode acarretar um aumento de situações e eventos que favorecem o aumento da ansiedade, que afetem a vida da grávida, o desenvolvimento da gestação  e tornem o binômio mãe-bebê mais vulnerável a doenças (MALDONADO, 2000). 

As modificações fisiológicas e estados emocionais peculiares justificam a presença normal de certo grau de ansiedade. Segundo Rato (1998), a maioria dos casos de ansiedade pré-natal e distorções das fantasias maternas podem ser mecanismos saudáveis de ajustamento a um novo equilíbrio psicológico, as reações de surpresa também podem contribuir para a organização da mulher face ao seu novo papel.
Soifer (1992), defende que existem fases em que há um aumento específico da ansiedade: no começo da gestação, durante a formação da placenta, perante a percepção dos movimentos fetais, diante da instalação franca dos movimentos, durante a versão interna, no início do 9.º mês, nos últimos dias antes do parto. Estes aumentos de ansiedade têm duração variável, porém, quando em excesso podem traduzir-se por sintomas físicos próprios ou até mesmo por aborto ou parto prematuro.
Os efeitos da ansiedade exagerada podem acarretar prejuízos para a gestante, para o feto e conseqüentemente afetar até o cônjuge (RATO, 1998). Sendo assim, o entendimento dos fatores associados à ansiedade, através de uma articulação psicossocial para o entendimento ou interpretação de determinados processos, durante a gestação, cujo envolvimento social e inserção dentre as relações grupais é de grande importância, torna-se uma oportunidade para pesquisar, relatar e assim preparar a equipe de saúde para prevenir, detectar e tratar tais transtornos.


Dentro desta perspectiva posso dar algumas informações, numa abordagem cognitiva/comportamental, direcionada para os colegas de profissão já graduados ou não.
O psicólogo, no caso da promoção de saúde, irá trabalhar de acordo com a demanda. Identificando sintomas, pensamentos recorrentes, possíveis conflitos e aproximar todas as características que possam levar a um possível diagnóstico. Assim, ele deverá traçar metas para resolução dos sintomas. Caso a abordagem seja mais direcionada ás práticas educativas a intervenção será diferenciada. Nesta perspectiva poderão ser realizadas atividades, dinâmicas, ensaios etc, que possam levar a mãe ou aos pais a buscar alternativas com criatividade e imaginação para solucionar pequenos problemas para que este não se agrave. Porém em ambos os casos os pacientes devem ser levados a tomar suas próprias decisões e buscar soluções mais adaptativas ao seu cotidiano e seu modo de vida, isso deverá ser respeitado sem sombra de dúvidas.
É importante lembrar que a ansiedades gestacional, bem como outros eventos psicológicos que ocorrem nesta fase, podem e devem ser tratados, e principalmente, o quanto antes a mãe ou o casal buscarem ajuda, melhor será para toda a família.

Caso tenha alguma dúvida ou precise de mais informações entre em contato com o Mundo-psiquê!!!
  
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS   

MALDONADO, M.T. Psicologia da gravidez: Parto e puerpério. 15º edição, Editora Saraiva, São Paulo, 2000.
RATO, P.I. Ansiedades perinatais em mulheres com gravidez de risco e em mulheres com gravidez normal. Análise Psicológica, 1998, vol.16, no.3, p.405-413..
SOIFER, R. Psicologia da gravidez, parto e puerpério. 6º edição, Ed. Artes Médicas, Porto Alegre, 1992.

Sobre o autor: Érika Chagas é Graduada em Psicologia, Especialista em Psicopedagogia Institucional e Clínica. Interesse nas áreas da Psicologia Clínica e Organizacional, Psicopedagogia e Educação. Atuação Clínica com Psicodiagnóstico, Avaliação psicológica e Acompanhamento Psicoterápico na linha da TCC - Terapia Cognitiva Comportamental; e Avaliação Psicopedagógica. Facebook

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