Olá
caros leitores. Essa postagem traz algumas informações sobre ansiedade
gestacional, foi tema de pesquisa trabalhado durante dois anos na minha graduação
e desde então são informações muito válidas em minha atuação profissional. Espero que gostem. Boa leitura!!!
Para a maioria das mulheres a gravidez é um
momento de transição e muitas modificações em suas vidas, com mudanças corporais, emocionais,
comportamentais e sociais. Por este motivo pode acarretar um aumento de
situações e eventos que favorecem o aumento da ansiedade, que afetem a vida da
grávida, o desenvolvimento da gestação e
tornem o binômio mãe-bebê mais vulnerável a doenças (MALDONADO,
2000).
As
modificações fisiológicas e estados emocionais peculiares justificam a presença
normal de certo grau de ansiedade. Segundo Rato (1998), a maioria dos casos de
ansiedade pré-natal e distorções das fantasias maternas podem ser mecanismos
saudáveis de ajustamento a um novo equilíbrio psicológico, as reações de
surpresa também podem contribuir para a organização da mulher face ao seu novo
papel.
Soifer
(1992), defende que existem fases em que há um aumento específico da ansiedade:
no começo da gestação, durante a formação da placenta, perante a percepção dos
movimentos fetais, diante da instalação franca dos movimentos, durante a versão
interna, no início do 9.º mês, nos últimos dias antes do parto. Estes aumentos
de ansiedade têm duração variável, porém, quando em excesso podem traduzir-se
por sintomas físicos próprios ou até mesmo por aborto ou parto prematuro.
Os
efeitos da ansiedade exagerada podem acarretar prejuízos para a gestante, para o
feto e conseqüentemente afetar até o cônjuge (RATO, 1998). Sendo assim, o
entendimento dos fatores associados à ansiedade,
através de uma articulação psicossocial para o entendimento ou interpretação de
determinados processos, durante a gestação, cujo envolvimento social e
inserção dentre as relações grupais é de grande importância, torna-se uma
oportunidade para pesquisar, relatar e assim preparar a equipe de saúde para
prevenir, detectar e tratar tais transtornos.
Dentro
desta perspectiva posso dar algumas informações, numa abordagem cognitiva/comportamental,
direcionada para os colegas de profissão já graduados ou não.
O
psicólogo, no caso da promoção de saúde, irá trabalhar de acordo com a demanda.
Identificando sintomas, pensamentos recorrentes, possíveis conflitos e aproximar
todas as características que possam levar a um possível diagnóstico. Assim, ele
deverá traçar metas para resolução dos sintomas. Caso a abordagem seja mais
direcionada ás práticas educativas a intervenção será diferenciada. Nesta
perspectiva poderão ser realizadas atividades, dinâmicas, ensaios etc, que
possam levar a mãe ou aos pais a buscar alternativas com criatividade e
imaginação para solucionar pequenos problemas para que este não se agrave.
Porém em ambos os casos os pacientes devem ser levados a tomar suas próprias decisões
e buscar soluções mais adaptativas ao seu cotidiano e seu modo de vida, isso
deverá ser respeitado sem sombra de dúvidas.
É
importante lembrar que a ansiedades gestacional, bem como outros eventos
psicológicos que ocorrem nesta fase, podem e devem ser tratados, e
principalmente, o quanto antes a mãe ou o casal buscarem ajuda, melhor será
para toda a família.
Caso
tenha alguma dúvida ou precise de mais informações entre em contato com o Mundo-psiquê!!!
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
MALDONADO, M.T. Psicologia da gravidez: Parto e puerpério.
15º edição, Editora Saraiva, São Paulo, 2000.
RATO, P.I. Ansiedades perinatais em
mulheres com gravidez de risco e em mulheres com gravidez normal. Análise Psicológica, 1998, vol.16,
no.3, p.405-413..
SOIFER,
R. Psicologia da gravidez, parto e puerpério. 6º edição, Ed. Artes Médicas, Porto
Alegre, 1992.
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